quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cores

Mas qual é a graça? Depois que tudo se vai e que o que nunca se entende é entendido, as coisas mudam. Hoje as folhas não caem mais como antigamente, e seu sorriso não reflete um brilho de sol. Mas o que fazer? Dizem que as coisas são assim. Todo mundo tenta seguir em frente, não me culpe por tentar. Mas é que às vezes tudo perde a graça. Será que o segredo de não saber o que esperar que era toda a surpresa? Não sei. Tudo parece tão previsível agora. Fico só tentando fazer a graça do que eu já sei esperar. Qual a diversão em saber tudo? Não há cores. Se talvez eu tentasse ser um pouco menos atento, ou ser um pouco menos esperto, desse certo. Mas eu não sou assim. Enfim, por favor, devolva minhas cores.

Artur Friedrich

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