terça-feira, 2 de junho de 2009

Mouette

Foi dali, daquele negro horizonte
Que o incerto e cruel ocorrido,
A grande gaivota sucumbiu em ruído

Não voa mais o pássaro,
E a esposa saudosa ainda está a chorar
Chora também o senhor ferido,
Prometendo a amarga vida, que ainda em vida nunca mais amará!

E ao casal que junto partiu,
Deixo aqui meu lamento,
Ainda que tenha sido este o momento
Sei que foi a morte quem os uniu.
Vão sorrindo alegres pombinhos,
Pois estarão juntos agora, como filhotes no ninho!

E aos que viram a gaivota não mais voar
Que fiquem tranquilos e que seja breve o penar
Na cidade luz não chegou,
Mas decerto para luz a frondosa ave, feliz voará!



Pedro Dalosto.

-Aos 228 sonhos e destinos passageiros do vôo AF 447, vão em paz nossos irmãos.

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