domingo, 3 de maio de 2009

Não só dias

Existem realmente feriados muito peculiares, como por exemplo o dia 26 de julho, Dia Nacional Antidrogas, ou talvez dia 14 de setembro, o Dia do Frevo! Todos com propósitos ótimos. Mas tem um que me chama mais atenção: o dia 16 de novembro - o Dia do Não Fumar.
Concordo que existem feriados (ou melhor, dias comemorativos, pois se todas essas datas fossem feriado o país trabalharia realmente durante uma semana) lindos, que homenageiam, que alegram, que orgulham; como o Dia das Mães, o Natal, o Dia Internacional da Paz. Entretanto, há outros que me deixa inconformado, que me deixa pensando "pra o que servirá esse maldito dia?!".
Vou tentar explicar na prática.
Nasce mais um dia, dia 26 de julho, Dia Nacional Antidrogas! Mas, primeiro, ninguém sabe que dia 26 de julho existe alguma data comemorativa. Segundo, mesmo se soubessem, que efeito teria? Os usuários de drogas parariam de vender, comprar e utilizar drogas por um dia? Que lindo! E no dia seguinte? Não, não. O feriado dura somente um dia.
O Dia do Frevo é uma data bonita, assumo. Todo mundo dançando frevo, animado, alegria. Mas não era necessário. Qualquer pessoa pode dançar frevo a hora que quiser, pode se reunir e dançar frevo, animado, alegria. Por que precisa de um dia? Não entendo.
Enfim, o Dia do Não Fumar. Nesse dia haveria uma mobilização internacional, na qual todos os não fumantes aconselhariam os fumantes dizendo "não fume, cara." - as empresas de cigarro teriam um prejuízo catastrófico nesse dia 16 de novembro, a emissão de gases nocivos à camada de ozônio seria muito menor, e todos respirariam um belo e saudável ar.
Agora, fico pensando se não seria muito mais efetivo se as drogas fossem combatidas. Se qualquer um que quisesse dançar frevo, cantar, e se alegrar pudesse fazer isso sem qualquer restrição. Se todos os dias fosse Dia do Não Fumar, que teria consequentemente o número de vítimas do câncer de pulmão reduzida, além de uma série extensa de doenças.
Chego então a uma conclusão: que bom que eu posso reclamar de tudo isso, sem ninguém me proibindo (podendo me xingar, tudo bem) ou me processando, me prendendo ou qualquer coisa relativa.

Feliz Dia Mundial da Liberdade de Imprensa,
Artur Friedrich.

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