terça-feira, 19 de maio de 2009

Dias Desafinados

Venho a ti declarar que já estou assaz enfadado. É que já não cabem em meus versos nem em minhas pobres rimas, as súplicas de saudade nem os chorosos clamores do jovem no entanto já velho coração amargurado.
Não que estejam meus sentimentos calados, verdade é apenas que cansei-me de cantar tristezas e de manchar de lágrimas as lembranças de nossos saudosos dias Desafinados.
Porém acalme-se minha querida, que de nossas lembranças não me farei Casmurro para cantá-las em vãs reminiscências, nem por-me-ei a cantar feliz os dias que assim sem você estão por vir, peço-te somente meu amor que não te assustes se cessarem minhas cartas e se da pena se secar o tinteiro, tudo estará como está, dor, saudade e lágrimas, tudo se faz perene em meu clamor, apenas não tingiram mais de luto os brancos papéis deste humilde escritor.
Deixo-te aqui por fim meu anjo, a latente certeza de quem um dia foi feliz, certeza de que não serão mais a tinta nem a mão escritas as lembranças talhadas em meu coração, prometo-te assim até que fale mais alto minha saudade, e traga ela de volta pena e tinteiro ao entrelace dos dedos de minha mão.

Pedro Dalosto.

5 comentários:

  1. juro que eu choorei!
    eu sempre choro quando você fala do seu 'anjo' !
    liindo!! você escreve muuuuuuuito bem Pedro. :)

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  2. lindo meesmo.
    esse 'anjo' deve adorar as coisas que você escreve (:

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  3. "Dias Desafinados"
    tem alguma coisa a ver com o filme desafinados? hahuahauheuahe
    vc escreve bem

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  4. haha seerio? tem a ver com o filme desafinados? huehue
    não entendi a relação disso com o filme mas eu gosto muuito do filme huehuhue (:

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