terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Caixa de Feridas Indignas


Mais um dia
a agonia
de uma alegria
persegue quem não a quer
acorda doentes
cura dementes
outrora
separa
quem se quer
charmosos casais
de um mesmo lar
que causa conflito
que causa barulho
no bater de um tambor
ou no voar de um mosquito.
Já decides o futuro ler
o que hei de fazer
é parar de lutar do imprevisto
acreditar no que pensei
me esconder no perdido
nos livros que havia lido
que agora não sei.
Não esperarei mais nada
pois essa caixa maligna
que se chama vida
não cura minha ferida
dessa dor indigna.
Deixarei apenas
dores serenas
ou alegrias que dispenso
pra ver no amanhã
nos sorrisos que não se acham
nem se procuram
um mundo de quem
sem esforço ou pena
por pura vontade
só me quer bem.



artur schütte

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