Amar – confesso – nunca foi uma virtude
Não minto. Houve o tempo
Em que amar era meu talento
Mas de forma triste e melancólica:
Amei justamente as mulheres que ter não pude.
Meu coração amiúde
Adormece de tristeza
Chora de tanta pobreza
Do amor que tantas vezes une
Um dia enfim, acorda-se para a vida
Acha-te talvez um peito fiel
Mas o receio impede a entrega
Não, não é sandice
Tantas vezes tua cega entrega não foi correspondida,
Tantas vezes tua miséria não foi impedida!
Insistente é o déspota querer
Que tantas vezes arrisca
Procurando o amor em cada canto
Um par para liberar teu encanto
Finalmente encontro você, sonho
Que mostrando-me que tudo pode ser mudado
Transforma meu coração malfadado
Num incomparável esplendor
Calando de vez, com a tua presença, a dor
De meu dantes coração machucado
Artur Friedrich
sábado, 1 de agosto de 2009
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ficou lindo, lindo, lindo ;)
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