quarta-feira, 22 de abril de 2009

Viva la revolución !

Estava eu no vasto exercício do ócio continuo, quando lembrei-me de grandes revolucionários e revoluções, Montesquieu, Voltaire, Rosseau, Che, Pancho Villa, dentre tantos outros que tanto fizeram e tanto mudaram, construindo o que hoje chamamos de realidade. Meio diferenças ideológicas e de objetivos, um espírito comum os unia, o desejo de fazer do velho o novo, mas então me veio a mente, sempre me dizem que evoluímos tanto, que somos tão modernos, mas quando olho à minha volta as coisas não parecem tão boas assim.
Vem a mim então uma saudade estranha, nostalgia do que nunca vivi, sinto falta de um tempo de cortejo, tempo do cavalheirismo, de abrir portas, puxar cadeiras, mandar flores, do tempo em que falávamos de pássaros, do vento, de flores, amores, da lua, do céu, tempo em que ainda falávamos puramente de sentimento.
Sabe aquele tempo em que a sua roupa nova era só uma roupa nova ? Em que não tratavam as meninas como se fossem lixo, ou uma espécie que você não respeita, ou então uma espécie rara que é só um objeto para usar e jogar fora ?   
Aquele tempo que parece distante, em que castidade, casamento e amor não soavam como uma anomalia, em que sonhávamos sim, ainda que com o impossível.
Mas hoje somos tão modernos, nos achamos tão modernos só não somos sinceros e nos escondemos mais e mais.                                             
Proponho então o que talvez seria a mais revolucionária de todas as revoluções, diferente de tudo que já se fez. Por que ao invés de avançar para o novo, não trazemos de volta o bom do que hoje é velho ?

Pedro Dalosto.                                                               

Um comentário: